Empresas estudam migração para Windows 7
Postador por Francisco Coelho

Adoção do novo sistema operacional da Microsoft deve crescer no mercado corporativo a partir da segunda metade de 2010. Os grupos Doux e Pif Paf Alimentos são donos de marcas reconhecidas na indústria alimentícia. O primeiro, de origem francesa, emprega mais de 14 mil pessoas em todo o mundo e comercializa produtos no mercado nacional sob as marcas LeBon e Frangosul. Já o mineiro Pif Paf, por sua vez, contabiliza 4 mil funcionários e vende, mensalmente, 12 mil toneladas de carne suína e de frango, além de produtos industrializados, para aproximadamente 50 mil clientes no País e no exterior. Mas além do porte e da área de atuação, os dois grupos têm algo mais em comum. Fazem parte de 97% das empresas, no Brasil, que utilizam a plataforma Windows como sistema operacional de seus computadores, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mais que isso, tanto o gerente de tecnologia da informação da Pif Paf, Augusto Carelli, quanto o Chief Executive Officer (CIO) do grupo Doux, Rafael Nicolela, não pretendem migrar, no curto prazo, para a nova geração do sistema operacional da Microsoft, o Windows 7, que chega ao mercado em 22 de outubro. Uma pesquisa realizada por Computerworld em agosto, com 130 CIOs, indica que a decisão de Nicolela e Carelli está em linha com o restante do mercado. Embora 59,56% dos executivos tenham respondido que pretendem transformar o Windows 7 no sistema operacional padrão de suas empresas, 33,09% deles devem fazê-lo no prazo entre um ano e dois anos e outros 52,94% ainda não definiram uma estimativa. O cálculo da consultoria Gartner é que o Windows 7 comece a ganhar a adesão do mercado corporativo a partir da segunda metade de 2010 e do primeiro semestre de 2011. Este é o tempo médio considerado por analistas como plausível para que uma empresa avalie a substituição do sistema operacional usado em seus computadores. De acordo com o Gartner, as companhias necessitam deste período para ter a garantia de que todas as suas aplicações e hardware serão suportados pelo Windows 7 e para colocar em prática testes-piloto com o novo sistema operacional. “É prática aguardar que saiam as primeiras correções do sistema operacional, para termos uma resposta do mercado e que os principais problemas que normalmente vêm com o sistema operacional sejam resolvidos”, diz Rodrigo Suzuki, gerente de TI da PromonLogicalis. Qual é o benefício? A decisão de fazer a substituição de sistema operacional deve ser baseada, em primeiro lugar, na análise da relação custo-benefício que o novo produto e o próprio processo de migração trarão para o negócio. É difícil estabelecer quanto uma empresa gasta para fazer a migração de sistema operacional. Especialistas ouvidos pela Computerworld afirmam que é delicado fazer essa estimativa porque o valor varia em função de diversos aspectos, como número de máquinas envolvidas e complexidade do ambiente computacional, entre outros fatores. “Não é barato, porque o sistema operacional é o coração do negócio”, observa o responsável pela área de tecnologia da consultoria Everis no Brasil, Felipe Dáguila. Por isso mesmo, é necessário identificar, claramente, quais ganhos a corporação terá ao fazer a substituição, seja em aumento no nível de segurança, novas funcionalidades do novo sistema operacional ou por exigência das necessidades do negócio. É preciso fazer a conta fechar. “Migrar por migrar não faz sentido”, ressalta o diretor da área de tecnologia da informação da consultoria Accenture, Ricardo Chisman. No grupo Doux, cerca de 900 dos 1,2 mil computadores utilizam o Windows XP como sistema operacional padrão. As outras 300 máquinas ainda usam o Windows 2000, porque foram licenciadas com ele e não tinham requisitos de hardware suficientes para rodar o XP. A empresa optou por não aumentar essa capacidade. A decisão foi mantida quando a Microsoft apresentou o Vista, que não conquistou espaço na empresa do ramo alimentício. “Não ficou claro o benefício da migração para o novo sistema operacional”, conta Nicolela.
Por Fabiana Monte, da Computerworld
Por Fabiana Monte, da Computerworld
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