Especial SO Chrome: mercado direciona produtos para web

Postador por Francisco Coelho

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Não pense somente em Google; diversos fornecedores estão desenhando seus produtos baseados na internet

Enquanto os CIOs ponderam sobre o futuro dos desktops nas empresas, não há outra conclusão além de que eles terão de considerar a web de forma mais abrangente. O software como serviço (SaaS, na sigla em inglês) é inevitável - a maioria das empresas já usa ou usará em breve. E a implementação para milhares de usuários será rotina. A Siemens, por exemplo, pretende deixar os serviços do aplicativo disponíveis para gereanciamento de talentos para 420 mil funcionários. A SAP criou uma estratégia para desenvolver módulos de SaaS que funcionem com seu ERP local.
Confira o Especial SO Chrome
Na mesma onda, Microsoft lançou o Web Office, uma versão em browser e gratuita do Office, com Word, Excel e PowerPoint, que permitirá que as pessoas passem mais tempo em aplicativos baseados na web. A ideia é prevenir contra o avanço de outros aplicativos gratuitos para processamento de texto e planilha, como os do Google, Zoho e outros. Os aplicativos online estarão disponíveis no portal Windows Live e o lançamento está previsto para o segundo semestre do ano que vem, junto com o lançamento do Office 2010.
Equanto a Microsoft foca o Web Office em clientes domésticos, as empresas devem adotar o serviço como um complemento para colaboração, acesso remoto e armazenamento de arquivos. E, de fato, a Microsoft tem encorajado tal abordagem: as empresas que comprarem um determinado número de licenças para o Office 2010, receberão acesso ao Web Office sem custo adicional. E também estará disponível uma versão para uso de infraestrutura privada em nuvem.
Essa jogada reforça a visão do Google de uma experiência de usuário centrada em web. Mas mesmo que as empresas adotem os aplicativos baseados na internet em grandes números e os funcionários passem mais tempo online, não significa que eles precisem do Google para fazê-lo.
Esse foi o caso que Steve Ballmer, CEO da Microsoft, destacou na Conferência Mundial de Parceiros [Worldwide Partner Conference] - embora ele tenha também reconhecido que o Windows precisa mudar para se manter atualizado. "Nós não precisamos de um novo sistema operacional. O que precisamos fazer é continuar evoluindo com o Windows e seus aplicativos, por exemplo, na forma como IE trabalha dentro do Windows, e precisamos continuar evoluindo com outros aplicativos, como o Office", disse Ballmer.
Se a Microsoft não o fizer, o cenário mais provável será os usuários usando o SO Chrome ou algum outro SO junto com o Windows para desfrutar características como acesso instantâneo à web. Algumas pessoas já fazem isto com browser, usam o Firefox como navegador padrão e o IE para os aplicativos que só rodam nele. Se o SO Chrome for tão leve como o Google promete, qual o mal em usá-lo em uma estação PC se ele oferece uma experiência web tão interessante?
Se o Google quer competir na área empresarial - e até mesmo na doméstica - ele deve convencer um amplo grupo de desenvolvedores de aplicativos para criarem softwares e drivers que rodem no SO Chrome. A escolha do Google de usar o Linux como plataforma base torna o trabalho dos desenvolvedores muito mais fácil do que se tivessem de começar do zero. Mas o Windows ainda será o SO padrão para empresas e usuários domésticos.

Convencer os CIOs deverá ser mais difícil do que convencer os desenvolvedores. Em invés de tentar transformar os aplicativos legados para rodarem no SO Chrome, será mais apropriado, para muitos dos CIOs, simplesmente ficar com um SO cliente que suporte aplicativos web, assim como aplicativos de servidor cliente. Até aí, o Windows é a melhor opção como uma plataforma híbrida.


Andrew Conry-Murray | InformationWeek EUA
Tradução Rheni Victório

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